Cordão de pescoço
- biologar
- 25 de abr.
- 2 min de leitura
É bastante comum nas empresas o uso de crachás para identificação dos funcionários e controle de acessos. Você já deve ter visto os cordões de pescoço que muitas pessoas usam para carregar o crachá. Eles são coloridos e têm o nome da empresa impresso, mas você sabia que esses cordões podem trazer informações pessoais? E em alguns casos, eles são protegidos por lei?

A Lei e o Uso do Cordão com Girassóis
Hoje em dia, o uso do cordão com desenhos de girassóis é uma questão de lei. A Lei Federal 14.624/23 oficializou esse símbolo para identificar pessoas com deficiências ocultas ou não-aparentes.
O Que São Deficiências Ocultas?
Deficiência oculta é aquela que não é aparente, mas que pode afetar consideravelmente o dia a dia da pessoa. Muitas vezes, quando se fala em deficiência, as pessoas relacionam apenas a condições visíveis, como a dificuldade de acessibilidade para quem usa cadeira de rodas. Exemplos de deficiências ocultas incluem surdez, esquizofrenia, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Doença de Crohn, Transtorno do Espectro Autista, diabetes, transtorno bipolar, síndrome de Asperger, depressão, doença celíaca, câncer e artrite reumatoide.
Origem do Símbolo do Girassol
A ideia do uso do cordão como identificação surgiu no Reino Unido em 2016, pelos funcionários do aeroporto de Gatwick. A escolha do girassol não foi à toa; é uma flor robusta que enfrenta o sol, representando força e resiliência. O girassol, frequentemente visto em um fundo verde, transmite ideias de confiança, crescimento, força, felicidade e positividade. É um símbolo internacional.
Objetivo e Uso do Cordão
O objetivo do cordão é promover a conscientização e o respeito aos direitos garantidos, como o atendimento prioritário para quem não tem uma deficiência percebida de imediato. O uso do cordão não é obrigatório, e sua apresentação não dispensa a apresentação de um documento que comprove a deficiência, se solicitado.
Outros Símbolos de Identificação
Outro exemplo é o cordão com o desenho de quebra-cabeça, que representa a complexidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse símbolo foi usado pela primeira vez em 1963 por Gerald Gasson, pai de uma criança autista e membro da National Autistic Society (Reino Unido). Atualmente, o símbolo do infinito é o logo da neurodiversidade em todo o mundo, representando a aceitação e conscientização de transtornos mentais e/ou do desenvolvimento.
Existem também cordões com identificações alternativas, como "Autismo", "Mãe de Autista" e "Pai de Autista". Assim, se a pessoa autista não se sentir confortável em usar, os pais podem utilizar o cordão de forma alternativa para garantir os direitos da pessoa.
É importante saber que essa forma de identificação deve ser respeitada e que é um direito da pessoa com deficiência ser garantido e respeitado. Você já viu alguém usando esse cordão? Se você tem alguma das deficiências que comentamos, sabia que é um direito seu? Conte para nós aqui ou através da plataforma do podcast+, nos siga o perfil @biologaroficial no Instagram e nas plataformas de áudio. Até a próxima!
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