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Abelha sem Ferrão (ASF) - Parte 2

  • Foto do escritor: biologar
    biologar
  • 14 de abr.
  • 3 min de leitura

Conhecimento e Conservação

É praticamente impossível resumir em tão pouco texto a importância e complexidade que envolve o tema das abelhas. Dedicamos posts anteriores como o "Sobre Abelhas e Vespas", "Origem e os diferentes tipos de mel", e o anterior "Abelhas sem ferrão - Parte 1". Não deixe de conferir!


Imagem: Celina Yoshihara
Imagem: Celina Yoshihara

Espécies de Abelhas Sem Ferrão no Brasil

Você sabe quais são as espécies de ASF mais criadas no Brasil? Segundo um artigo científico publicado em 2015 na PLOS ONE, existem 19 espécies de ASF mais buscadas para criação no Brasil, incluindo a jataí, a mandaçaia, a uruçu-nordestina, a jandaíra, a uruçu-cinzenta, a uruçu-amarela e a mirim, entre outras. É importante lembrar que as ASF são consideradas animais silvestres, e para criá-las, é necessário autorização, mesmo que seja apenas uma caixinha no estado de São Paulo. Em outros estados, o número de documentos exigidos para a criação de até 49 caixas é menor, desde que não seja para fins comerciais.

Os critérios para a escolha da espécie a ser criada geralmente incluem a capacidade de produção de mel e a facilidade de manutenção da colônia em cativeiro. Algumas espécies são valorizadas por suas propriedades medicinais, como os diferentes tipos de mel de ASF, que possuem propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e ações neurológicas.


O Que Fazer ao Encontrar uma Colônia de ASF

Se você descobrir uma colônia de ASF em um muro, parede ou cano, como acontece frequentemente com as jataís, o melhor a fazer é não mexer! Elas escolheram esse local por algum motivo, e se não houver risco de morte para elas, não há necessidade de intervenção. Se for necessário removê-las, o ideal é chamar um especialista em ASF.

No estado de São Paulo, para realizar o resgate de ninhos em risco, é necessária autorização da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Cada região pode ter regras específicas, e é importante verificar as legislações locais.

Os trabalhos com abelhas devem ser realizados por profissionais da área e, preferencialmente, à noite. Isso evita que as campeiras, que estão fora do ninho, se percam ao retornar. Antes da remoção, a entrada do ninho deve ser tampada para impedir a saída das abelhas durante o transporte, mas sem comprometer a oxigenação.


Iscas-Ninho e Hormônios Atrativos

As iscas-ninho, feitas de garrafa PET, são comuns, mas em São Paulo, também requerem autorização para instalação. Embora sejam inofensivas para as abelhas, muitas garrafas PET têm sido deixadas em florestas e parques, causando poluição. Se você encontrar uma isca-ninho com abelhas, não mexa! O meliponicultor pode estar retornando para buscar as abelhas.

Os hormônios atrativos são uma ferramenta adicional para tentar capturar um novo enxame, mas não são essenciais. Uma isca bem feita e instalada pode atrair abelhas mesmo sem atrativos. E não caia na armadilha de que existem atrativos específicos para cada espécie; geralmente, eles são mais gerais.


Plantas para Atração de ASF

Se você está se perguntando quais espécies plantar para atrair as ASF, isso varia de região para região no Brasil. No site da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas, você pode encontrar listagens de espécies e épocas de floradas. O ideal é garantir a disponibilidade de flores durante todo o ano.

Um profissional que oferece conteúdo gratuito e cursos sobre o tema é Gabriel Benoski, do Abelhando Mundo a Fora. Ele e sua esposa, Julia, compartilham informações de forma responsável, combinando experiência de campo, pesquisa científica e legislação.


As abelhas desempenham um papel fundamental na produção de mel e na polinização, sem cobrar nada em troca. Isso é o que chamamos de serviço ambiental ou ecossistêmico. Você tem alguma dúvida que não comentamos aqui sobre esse assunto? Conte para nós aqui ou através da plataforma do podcastmais, nos siga no perfil @biologaroficial no Instagram e nas plataformas de áudio. Até a próxima!

 
 
 

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