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Abelhas sem Ferrão (ASF) - Parte 1

  • Foto do escritor: biologar
    biologar
  • 14 de abr.
  • 3 min de leitura

A Importância e os Desafios da Conservação


Imagem Celina Yoshihara
Imagem Celina Yoshihara

A Importância das Abelhas Sem Ferrão

Em post anterior, falamos sobre abelhas e vespas, abordando a origem, os hábitos e a diversidade de abelhas que existem. Desde a queda da população de abelhas no mundo, relatada em 2005 e 2006, o tema ganhou destaque devido à importância das abelhas na produção de alimentos e na manutenção da diversidade das florestas, especialmente pelo seu papel na polinização.

Embora a queda da população tenha sido inicialmente observada nas abelhas com ferrão, os pesquisadores logo perceberam que as abelhas sem ferrão (ASF) também foram afetadas, mas de forma que é impossível calcular as perdas. As principais causas dessa diminuição incluem o uso de agrotóxicos, a perda de habitat pelo desmatamento e alterações nos cursos d'água.


Diversidade e Estrutura Social das ASF

As abelhas sem ferrão pertencem à tribo Meliponina (Hymenoptera, Apidae), com 52 gêneros e mais de 300 espécies identificadas na América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África. Elas são sociais e vivem em grupos com uma organização complexa. A idade de cada abelha define seu papel dentro do ninho, desde a produção de cera e construção de células até a busca de alimento.

As abelhas guardas, que protegem a entrada do ninho, desenvolveram estratégias de defesa, como a construção de entradas falsas e a mordida em predadores. Os predadores naturais das ASF incluem lagartixas, moscas, formigas, besouros e vertebrados como iraras e macacos.


A Rainha e a Vida das ASF

A rainha das ASF não é tão soberana quanto se imagina. Se não cumprir seu papel, as operárias podem descartá-la e estimular a criação de uma nova rainha. A vida média de uma ASF é de cerca de 45 dias, enquanto a rainha e o zangão vivem mais. Quando uma colônia cresce, parte dela pode procurar um novo local para se mudar, um processo chamado de enxameação.


Construção dos Ninhos e Área de Forrageio

As ASF constroem seus ninhos com cera, resina e barro, preferindo ocos de troncos grossos de árvores. Elas precisam de uma área de coleta de alimento próxima ao ninho, chamada de área de forrageio. O tamanho do raio de busca depende da espécie, variando de 700 metros a até 2,5 km.

Se você está pensando em ter um ninho de ASF em casa, lembre-se da necessidade de uma área de forrageio e da disponibilidade de pólen e água limpa. O plantio de vegetais nativos é essencial para complementar a alimentação delas.


Conservação e Legislação

Historicamente, o conhecimento sobre as ASF era dominado pelos povos indígenas, mas nos últimos 15 a 20 anos, o interesse na criação de abelhas sem ferrão cresceu. No entanto, muitos extratores, conhecidos como meleiros, têm retirado ninhos da natureza sem critério de preservação, o que é ilegal.

As ASF são consideradas animais silvestres e seguem regras específicas. Para realizar qualquer atividade relacionada às ASF no Brasil, é necessário se cadastrar no IBAMA e na Secretaria de Defesa Agropecuária. Em alguns estados, como São Paulo, há exigências adicionais.


Você sabe quais são as espécies de ASF mais criadas no Brasil? O que fazer ao encontrar um ninho em risco? Para saber mais sobre esses temas, nos acompanhe no canal do podcast+, nos siga no @biologaroficial no Instagram e nas plataformas de áudio. Até a próxima!

Espero que

 
 
 

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