top of page

Coceira na cabeça?

  • Foto do escritor: biologar
    biologar
  • 20 de abr.
  • 3 min de leitura

No post anterior, começamos a falar sobre cabelo e os muitos motivos pelos quais é possível ter queda capilar. Que tal falar sobre outras situações que você pode se deparar na sua cabeça?


Acervo Canva
Acervo Canva

Dermatite Seborréica e Caspa

Já comentamos no podcast passado que a dermatite seborréica pode ser um fator por trás da calvície, mas ela também pode ser responsável por outro problema: a caspa, ou seborréia, ou eczema. Você já reparou em casquinhas brancas na cabeça ou em roupas na região dos ombros? Elas são resultado da descamação do couro cabeludo.

Essa situação pode ser desconfortável, pois as casquinhas podem se acumular na roupa e se tornar bastante visíveis. Se você pensou que ter caspa é por falta de higiene, cuidado! A dermatite seborréica é um fator genético e acomete cerca de 40% da população.


Causas da Caspa

A dermatite seborréica se desencadeia por predisposição e pelo aumento na produção de sebo. Nesse caso, fungos podem colaborar para a inflamação do local. O aparecimento da caspa é mais comum no couro cabeludo, mas pode surgir na sobrancelha, pálpebra, vinco do nariz, atrás e dentro das orelhas e no tórax. Os locais ficam avermelhados e coçam, e ao coçar, a pele acaba descamando.


Fatores que Aumentam a Oleosidade

Vários fatores podem levar à produção excessiva de oleosidade no couro cabeludo, como:

  • Estresse

  • Lavar a cabeça com água quente

  • Uso frequente de objetos que abafam a cabeça (capacete, boné, chapéu)

  • Acúmulo de cremes e produtos no couro cabeludo

  • Higienização incorreta da região

  • Presença excessiva do fungo Pityrosporum ovale, que vive naturalmente nos folículos capilares, mas se prolifera quando a cabeça está excessivamente oleosa.


Como Controlar a Caspa

Embora em muitos casos a caspa não tenha cura, é possível adaptar a rotina para evitar que ela apareça, reduzindo a produção de oleosidade. Algumas dicas incluem:

  • Evitar lavar a cabeça com água muito quente (cuidado no inverno!)

  • Usar shampoos com ativos seborreguladores

  • Aplicar condicionador e máscaras de hidratação apenas no comprimento do cabelo

  • Evitar o uso frequente de acessórios que abafem a cabeça

  • Lavar o cabelo em dias alternados

  • Reduzir a temperatura do secador

  • Evitar situações de estresse e ansiedade

A orientação médica é importante, pois o médico pode indicar medicamentos e dermocosméticos que ajudem no tratamento. O uso de prebióticos também pode ser benéfico; já comentamos sobre eles no podcast 42.


Atenção ao Uso de Produtos

Cuidado: o uso de produtos que reduzem a oleosidade, se não usados corretamente, podem causar um efeito rebote. Se a pele ficar muito ressecada, o corpo pode aumentar a produção de óleo para compensar. Além disso, é importante manter a pele hidratada, pois o ressecamento pode causar coceira e descamação.


Piolhos: O Inseto Indesejado

Outro problema que podemos ter na cabeça é o temido piolho, conhecido como Pediculus humanus capitis. A doença causada por ele é chamada de pediculose. O piolho se fixa na base do cabelo, onde deposita seus ovos, as lêndeas. Ele se alimenta do sangue das pessoas e se reproduz rapidamente; em um mês, um casal de piolhos pode gerar até 300 filhotes.


Transmissão e Sintomas

Diferente do que se comenta, o piolho não tem asas e não pula. A transmissão ocorre pelo contato próximo e compartilhamento de itens pessoais, como pentes e escovas. É bastante comum em crianças devido ao contato próximo que elas têm. E, ao contrário do que muitos pensam, pegar piolho não significa falta de higiene.

Os sintomas do piolho incluem coceira intensa, que pode causar feridas. Em casos mais graves, podem aparecer ínguas e infecções secundárias. O tratamento envolve o uso de remédios específicos, mas o uso do bom e velho pente fino é recomendado, pois as lêndeas têm uma cola que só sai com a ajuda do pente.


Outros Tipos de Piolhos

Além do piolho de cabeça, existe o muquirana (piolho do corpo) e o chato (que pode infestar pelos pubianos, cílios e sobrancelhas). Lembrando que cabelos com química têm o mesmo risco de pegar piolho que os cabelos sem química. Um fato interessante é que tingir os cabelos ou usar chapinha e secador bem quente durante a infestação pode ajudar a matar os piolhos, mas não as lêndeas.


E aí, já sabia de tudo isso? Já pegou piolho? Conte para nós através da plataforma do Podcast Mais, nos siga no perfil @biologaroficial e nas plataformas de áudio. Até a próxima!

 
 
 

Comentários


©2020 por biologar.com.br

bottom of page