Copa do Mundo e Sustentabilidade?

Copa do Mundo no Qatar e Seus Desafios

Com a Copa do Mundo em destaque, muitas informações sobre o Qatar estão circulando. Que tal saber como a sustentabilidade é abordada lá?

Acervo Canva

O Qatar e a Copa do Mundo

O Qatar é o primeiro país do Oriente Médio a sediar uma Copa do Mundo. Localizado na Ásia Ocidental, o país tem apenas 12 mil quilômetros quadrados, menor que o estado de Sergipe, e uma população de cerca de 3 milhões de habitantes, em sua maioria islâmica. Apesar do tamanho, o Qatar é um dos 10 maiores produtores de petróleo do mundo e o 5º maior produtor de gás natural.

Devido ao clima árido e desértico, a agricultura no Qatar utiliza técnicas como hidroponia e irrigação. A Federação Internacional de Futebol (FIFA) alterou o calendário tradicional da Copa, que costuma ser realizada no meio do ano, para novembro e dezembro, período de inverno no Qatar. No entanto, os torcedores ainda enfrentam calor intenso durante os jogos.

Sustentabilidade e a Copa do Mundo

O Qatar tem como objetivo realizar a primeira Copa do Mundo neutra em carbono. Para isso, todas as arenas estão localizadas em Doha, com a maior distância entre elas sendo de 80 km. Todas as arenas estão conectadas por transporte público, como metrô, trem e ônibus, priorizando o uso de frotas de ônibus elétricos para reduzir as emissões de carbono.

Essa abordagem contrasta com a Copa do Mundo anterior no Brasil, onde 12 estádios estavam espalhados por 12 estados diferentes, resultando em um alto consumo de combustível para deslocamentos. A Copa do Qatar promete ser menos intensiva em emissões de deslocamento, contribuindo para a mobilidade urbana.

Além disso, os materiais utilizados na construção dos estádios são, em sua maioria, reciclados, incluindo materiais de demolição de estádios antigos. O Education City Stadium, por exemplo, tem capacidade para 40 mil pessoas e será reduzido para 20 mil após o evento, com partes desmontáveis que serão reutilizadas em outros projetos esportivos.

Iniciativas Sustentáveis

O Qatar também investiu em energia solar para abastecer toda a infraestrutura do evento, incluindo a iluminação e a refrigeração. Uma usina solar fotovoltaica com capacidade de 800 MW foi construída em um espaço de 10 km², aproveitando a abundância de sol na região.

Essas iniciativas são importantes, pois eventos como a Copa do Mundo têm um grande custo para o país, e o ideal é que deixem um legado positivo para a população. A usina solar continuará funcionando e fornecendo energia limpa e renovável por anos.

Para pensar

É fundamental refletir sobre o legado deixado por grandes eventos esportivos. No Brasil, muitos estádios construídos para a Copa do Mundo se tornaram "elefantes brancos", onerando custos e sem atenção governamental. A promessa de plantio de mudas nativas durante as Olimpíadas também levantou questões sobre greenwashing.

E você, lembra dos 12 estádios que sediaram os jogos da Copa no Brasil? Qual legado ficou para o país após a Copa do Mundo, o Panamericano e as Olimpíadas? Conte para nós aqui ou através da plataforma do podcast+, nos siga no perfil @biologaroficial no Instagram e nas plataformas de áudio. Até a próxima!