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Pra que serve o nome científico?

  • Foto do escritor: biologar
    biologar
  • 30 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2020

Vamos começar com alguns exemplos:


Aqui no Brasil sabemos que dependendo da região a mandioca pode ser chamada por macaxeira, aipim, mandioca-mansa e todos se referem a Manihot esculenta.


O teiú é um nome popular para o Salvator merianae, também conhecido por teju, teiú em regiões do Brasil, tem nome popular largarto overo na Argentina e Uruguai.


Na foto abaixo temos um exemplo de "ipê-amarelo", mas há diferentes espécies de ipê- amarelo: Handroanthus ochracea, Handroanthus alba, Handroanthus aurea, Handroanthus chrysotricha, e cada uma delas apresenta características específicas que as diferem uma das outras.



O nome popular pode variar de acordo com o local, idioma ou cultura. Imagina que confuso seria a troca de informações sobre o mesmo ser que possui tantos nomes diferentes incluindo o mesmo nome em outros idiomas. Pensando nisso, em 1735 foi proposta uma forma de classificar (Reino -> Filo -> Classe -> Ordem -> Família -> Gênero -> Espécie) e nomear os seres vivos por Carl von Linné, criando uma padronização na escrita das espécies, independente do idioma ou da região:

  • Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou serem latinizados - é um padrão importante, imagina como seria se o russo, japonês ou árabe escrevessem no alfabeto deles.

  • Todo nome cientifico de espécie é composto por dois nomes - nomenclatura binomial. O primeiro nome deve ter a sua inicial maiúscula e representa o gênero. O segundo nome é o epíteto específico e é escrito com a inicial minuscula - Homo sapiens.

  • Subespécies terão nomenclatura trinomial - Homo sapiens sapiens.

  • Subgêneros são indicados entre parênteses.

  • Os nomes devem vir destacados no texto, preferencialmente em itálico (alguns casos sublinhados).

Veja alguns exemplos:

A pergunta que não quer calar, preciso saber nomes científicos de todos os seres vivos?


Isso seria humanamente impossível, nem os biólogos tem essa obrigação (se você gosta, esta tudo bem rs). No dia-a-dia não há problemas em utilizar o nome popular, apenas atenção quanto as possíveis variações que podem ocorrer. Já para fins científicos ou para licenciamento ambiental é imprescindível o uso da nomenclatura binomial. Dessa forma, independente de você falar inglês (dog), português (cachorro), japonês (犬), alemão (hund), russo (собака), se citar Canis lupus familiaris. saberão do que se trata ;)


Veja essa e outras curiosidades, siga @biologaroficial!

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