Pinhão
- biologar
- 10 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jun. de 2020
Você de onde vem o pinhão? É fruto? É semente? É flor?
É comum ver alguns pinheiros por aí mas a araucária é o pinheiro tipicamente brasileiro e de Mata Atlântica: o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia).
Pode ser vista na região serrana do estado de São Paulo e sul de Minas Gerais e característica da Floresta Ombrófila Mista na região Sul (mapa ampliado aqui).
A partir do 10º ano é possível diferenciar a árvore macho da fêmea, por essa produzir as pinhas (flores que medem aproximadamente 20cm) e após a polinização ocorre a liberação das sementes que chamamos de pinhão!
O pinhão faz parte da alimentação de diversas aves como: a ave símbolo do Paraná a gralha-azul (Cyanocorax caeruleus), a gralha-picaça (Cyanocorax chrysops) e mamíferos: porcos-do-mato, cutia (Dasyprocta azarae), serelepe (Guerlinguetus ingrami) que contribuem para o equilíbrio do ecossistema com a dispersão das sementes. O pinhão também serve de alimento para nós em festas junina, além de ser culturalmente importante para a região Sul é uma alternativa de renda para muitas famílias e permite conservar a araucária e a floresta a ela associada.
A araucária é o lar para ave símbolo de Curitiba, o grimpeiro (Leptasthetura setaria). Diferente da 1ª impressão, ele não se alimenta do pinhão, mas sim de larvas e insetos que vivem nas folhas e ramos.
A araucária possui madeira de qualidade e por isso continua sendo exaustivamente explorada e hoje se encontra na lista de espécies em perigo de extinção - Critically Endangered pela IUCN - União Internacional para conservação da Natureza).
Dada a sua importância cultural, ecossistêmica e cultural é imprescindível o manejo sustentável desse recurso natural que serve de renda para muitas famílias, veja detalhes no site da Embrapa.
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